segunda-feira, 12 de outubro de 2009
He's just not that into you
Desculpas, razões e esquemas. É tudo o que uma mulher sabe fazer no que toca a homens. Arranjar desculpas, encontrar razões plausíveis, fazer esquemas maquiavélicos... E eu também o faço. Falo na 3ª pessoa mas sou a nº1. O nosso problema, é nunca aceitarmos um não, ou não sabermos aceitar que por vezes as coisas não nos correm como queremos. Mentalizamo-nos de que temos de conseguir, e ao princípio todos os objectivos merecem um ou outro jogo. Damos por nós, e todo o objectivo se tornou um jogo para nos mantermos online. Não há nada mais directo que um não, mas por vezes, nem mesmo um não chega para travar esta luta. Quando se mete uma cabeça na cabeça de uma mulher, quem é que a vai tirar de lá? Será que existe alguém capaz de saber quando parar? O que não fazer? Existem livros que falam sobre isto, filmes, histórias que ouvimos, tudo... Mas quem nunca conheceu um homem, e não descansou até conseguir tudo o que queria dele? Quando ele não respondia a uma mensagem, ou não ligava, e nós simplesmente pensávamos "secalhar ele não tem paciência para estar constantemente com o telemovel... é melhor dar o benefício da dúvida". Mas qual dúvida? Não há nenhuma dúvida. Se o homem não gostar de falar por telemovel, fala de outra maneira... Desde que fale! E se ele gosta, ele fala. Pode falar pouco, mas fala sempre. Os homens, por incrível que pareça, têm sempre alguma coisa a dizer por mais absurda e inapropriada que nos possa parecer. No fundo, todo este problema advém de um maior ainda: a procura obcessiva pelo amor. Toda a gente precisa de encontrar alguém, toda a gente quer encontrar alguém, mesmo que esse alguém seja a pessoa que pior nos faça. São sempre aqueles que nos fazem chorar, bater com a cabeça nas paredes, perder amigos, perder tempo, perder a confiança, perder a paciência, perder tudo quase, que nos fazem sentir mais vivas. Não é o rapaz da esquina perfeito que nos pisca o olho todas as manhãs antes de entrar para o trabalho, não é o rapaz que se apaixona por nós e nos liga mesmo quando não o queremos ouvir, não é o rapaz que nos ama perdidamente desde os 8 anos de idade e vive a pensar num possível futuro. É o não que nos atrai. Por muito que odiemos a palavra "não", tudo o que fazemos é à procura dela. Quanto pior ela nos chega, melhor ela nos sabe. A pica, o não saber o dia de amanhã, a dúvida, a incerterza. O contrário da rotina. Tudo, tudo menos rotina. Pra quê ir a correr para casa se sabem o que vão encontrar lá? Preferem esperar e não saber sequer se vão encontrar alguma coisa. Por muito que digam que sabem quando parar, que são saudáveis e que conseguem aguentar qualquer situação, uma mulher não sabe querer algo que lhe parece demasiado platónico para ser real. E quanto mais impossível lhes parecer, mais elas o vão querer. Por isso, todas as lágrimas e todos os dias enfiadas na cama, não vão ter outra explicação senão amor-próprio. Simplesmente gostamos demasiado de nós para dizermos não a nós próprias, mesmo que isso nos custe o tempo e a paciência de outrém.
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Muito muito bom! como é obvio identifiquei-me... porque por estranho que pareça acho que nao sao so as mulheres que gostam do "nao". os homens tambem. é um desafio. uma conquista. é o desejo de ter aquilo que nao podemos, aquilo que é proibido. e como tu referiste, a incerteza é essencial, pelo menos falo por mim... gosto de ser surpreendido, odeio rotinas e habitos. sufocam-me, assustam-me e geralmente fazem-me querer fugir.
ResponderEliminar«É o não que nos atrai. Por muito que odiemos a palavra "não", tudo o que fazemos é à procura dela. Quanto pior ela nos chega, melhor ela nos sabe.» JACKPOT! ;) ahaha xx
O Z. falou-me tão bem do blog, q vim espreitar :)
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